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2 de mai. de 2010

Ser ou não ser adolescente?




















Quando descobrimos realmente o que somos e nos tornamos adolescentes e temos vontade de fazer tudo que nos da na "telha" e geralmente dos pais vem sempre aquele não seguido de um sermão, o que qualquer pessoa pede é para que os dezoito anos chegue logo e se torne independente.
Não acredito que a independência de uma pessoa venha a partir da "maioridade", e sim pelos atos que elas mesmas causam e provocam. É claro que tem toda aquela coisa de lei, mas meu objetivo maior é falar sobre atingir a independência dentro de casa!
Todos os adolescentes são mais ou menos rebeldes. Pela sua ânsia natural de independência opõem-se aos valores e autoridade dos pais. Querem saber por que determinadas normas lhe são impostas e onde se situa a fronteira entre o bem e o mal, e precisam de respostas seguras e razoáveis.
Você sabe o que é SNA? Não? Pois bem, é um conjuntos de "sintomas" característicos da adolescência. É a SÍNDROME DA ADOSLESCÊNCIA NORMAL, e quais são eles?

1. A busca de si mesmo e da identidade consistem em um processo de busca: com encontros fortuitos, com as paixões repentinas, transitoriedade, formulação da auto-imagem, autodefinição corporal e psicológica. O adolescente não é reconhecido neste esforço; o ambiente tende a criticá-lo pela sua volubilidade e culpabilizá-lo.

2. A tendência grupal onde o adolescente busca uma IDENTIDADE GRUPAL que facilita a resolução das ansiedades em relação à própria falta de referenciais, modismos, posições ideológicas e filosóficas.

3. Necessidade de intelectualizar e fantasiar: o raciocínio evolui do concreto para o hipotético dedutivo.

4. Crises religiosas: busca de identidade, busca simultânea de um mundo e uma dimensão religiosa que se tornam campo de experimentação e possíveis definições.

5. A vivência do tempo: o adolescente tende a vivenciar o tempo de forma peculiar, diferente; dilatação da dimensão do presente com conseqüente afastamento da dimensão do passado e do futuro; é comum se referir ao passado como algo vivido remotamente e ao futuro como algo longínquo. O adolescente tem a percepção diferente do tempo em relação ao adulto.

6. A sexualidade: pode apresentar variadas tendências; ansiedades podem ser geradas dependendo do ambiente.

7. Atitude social reivindicatória: o adolescente se percebe como parte de uma coletividade, isso o torna capaz de uma ideologia, de uma atitude e de um posicionamento.

8. Condutas contraditórias: experimentação constante; desvios constantes dos objetivos originais.

9. Separação progressiva dos pais: ambivalência dos adolescentes entre situações de dependência e independência. Pais: permissividade e autoritarismo.

10. Constantes flutuações de humor: diante de tantas modificações, conquistas e impedimentos de toda ordem, o adolescente tende a ter polarizações tanto na linha depressiva quanto eufórica. É uma flutuação constante de humor.

O adolescente é extremamente vulnerável aos apelos provenientes do mundo das drogas em virtude das modificações pelas quais passa o seu mundo interno. A fase da adolescência é muito complexa, com ganhos e perdas importantes. A negação desse sofrimento é que se traduz em uma das graves patologias desse período da vida do ser humano. Essa negação, muitas vezes, conduz a comportamentos anti-sociais e autodestrutivos, encobridores de uma intensa angústia existencial. Se a criança cresce em um ambiente familiar sem amor, sem limites, sem atenção, ela pode tornar-se um indivíduo sem estrutura emocional para enfrentar os mais diversos problemas de sua vida. Quando se torna um adolescente, essa mesma estrutura emocional frágil aliada às mudanças da adolescência são fatores de risco para que ele vá em busca de um escape. E, se ele relaciona-se com a droga, no próprio ambiente familiar ou social, a progressão para desajustes sociais, que dentre outros pode ser a dependência de drogas, será apenas uma questão de tempo. Adolescência é sim uma fase difícil e a presença dos pais junto ao filho é tão ou mais importante nessa etapa do que na infância, uma vez que seu papel agora é o de estar atento, de mobilizar sem dirigir, de apoiar nos fracassos e incentivar nos êxitos, em suma, estar com eles e respeitar cada vez mais sua individualização. (...) que possa ter capacidade para aceitar o que não pode mudar, coragem para mudar o que é preciso e sabedoria para reconhecer a diferença.

”Não devemos nos limitar a dar educação às nossas crianças, devemos ensiná-los a ser pessoas.” (Herbert Spencer).

“Pais podem falar o quanto quiserem, mas só irão ensinar quando praticarem o que pregam”. (Arnold Glasow).